quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Álbum de viagem: Bariloche, anos 1950




O Neptunia



O Neptunia... este é o navio que Paulo Rapaport, então noivo de Eva Klabin, cita em uma de suas muitas cartas escritas no período em que ela ainda morava em São Paulo com a família. Em 1933, quando se casaram, Eva se mudou para o Rio de Janeiro.
 
“Nem sequer vinte e quatro horas se passaram desde que tu foste embora, e já me parece uma eternidade [...]. Os meus pensamentos sempre estavam contigo: ao escurecer, mais tarde quando as luzes do Neptunia passaram por Copacabana, desaparecendo atrás da pedra do Arpoador, e eles sempre estarão contigo, até o nosso reencontro...”
Trecho da carta de Paulo Rapaport a Eva, 1932.



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Em 1931, o Cantieri Riuniti Dell’Adriatico deu início à construção de dois navios para a Cosulich: o Neptunia e o Oceania, destinados a servir a linha de passageiros para a América do Sul, com escalas nos portos de Split, Patras, Nápoles, Gibraltar, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, Montevidéu e Buenos Aires.
Os dois navios serviram a esta linha até que, em julho de 1940, foram requisitados pela Marinha de Guerra para serem transformados em navios-transporte de tropas. Naufragaram no ano seguinte, depois de torpedeados pelo submarino inglês Upholder.






terça-feira, 16 de outubro de 2012

O famoso Eugenio C



Este navio é um verdadeiro ícone de um período da navegação transatlântica. Não há quem não tenha ouvido falar dele!

E, é claro, tinha que estar na lista de navios em que Eva viajou...

Cartão-postal do Eugênio C (coleção Laire José Giraud)


Lançado ao mar em novembro de 1964, levando a bordo membros da família Costa, os donos comapanhia italiana Linea C (Costa Armatori SpA), o Eugenio C viria a fazer sua viagem primeira transatlântica em 23 de maio de 1966, partindo do porto de Gênova com destino a  Buenos Aires

Acomodava 178 passageiros na primeira classe, 356 na segunda e 1.102 na terceira. De linhas inovadoras e instalações modernas, acabou se tornando um navio muito disputado entre passageiros ricos e famosos; os turistas brasileiros nutriam um especial carinho por ele.

Etiqueta do Eugenio C afixada em mala de Eva Klabin

Durante 20 anos percorreu a rota entre a Europa e a América do Sul. Em 1984 sofreu uma grande renovação e passou a chamar-se Eugenio Costa. Seu último cruzeiro para a companhia italiana foi em novembro de 1996, tendo sido vendido no ano seguinte para a armadora britânica Lowline e rebatizado como Edinburgh Castle. Seu fim veio em 2005, quando foi para sucata.
  
Eva Klabin, a primeira a direita, com grupo de amigos a bordo do Eugenio C

Saiba mais sobre o Eugenio C na Coluna Recordar, de Laire José Giraud.

O luxuoso navio de cruzeiro Stella Polaris



Em agosto de 1958, Eva embarca no Stella Polaris, um dos mais clássicos e luxuosos navios de cruzeiro, com formas inspiradas nos iates milionários. O atendimento de bordo era impecável, com um tripulante para cada dois passageiros.

Da linha norueguesa Bergen e datado de 1927, operava no mercado de cruzeiros o ano inteiro; durante o verão, ao longo dos fiordes, do Cabo Norte ao mar Báltico – justamente o Scandinavian Cruise que Eva fez; na primavera e no outono, no mar Mediterrâneo; e no inverno, circunavegações ao globo. 

Confraternização a bordo (Eva é a primeira à esquerda).

Eva, de preto, à mesa da direita, se diverte com a tradicional course d´escargot (corrida de caramujos).



Elegância a bordo do Stella Polaris (Eva é a primeira à direita).
 

Camarotes ricamente decorados, sala de música, fumoir, ginásio de esportes e uma sala de jantar que podia atender a todos os passageiros simultaneamente. Este luxo era para poucos... duzentos passageiros. E, após ficar em poder dos alemães durante a Segunda Guerra, o Stella Polaris sofreu reformas que reduziram sua capacidade para apenas 165 passageiros, tornando-o ainda mais exclusivo e requintado.