quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Neptunia



O Neptunia... este é o navio que Paulo Rapaport, então noivo de Eva Klabin, cita em uma de suas muitas cartas escritas no período em que ela ainda morava em São Paulo com a família. Em 1933, quando se casaram, Eva se mudou para o Rio de Janeiro.
 
“Nem sequer vinte e quatro horas se passaram desde que tu foste embora, e já me parece uma eternidade [...]. Os meus pensamentos sempre estavam contigo: ao escurecer, mais tarde quando as luzes do Neptunia passaram por Copacabana, desaparecendo atrás da pedra do Arpoador, e eles sempre estarão contigo, até o nosso reencontro...”
Trecho da carta de Paulo Rapaport a Eva, 1932.



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Em 1931, o Cantieri Riuniti Dell’Adriatico deu início à construção de dois navios para a Cosulich: o Neptunia e o Oceania, destinados a servir a linha de passageiros para a América do Sul, com escalas nos portos de Split, Patras, Nápoles, Gibraltar, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, Montevidéu e Buenos Aires.
Os dois navios serviram a esta linha até que, em julho de 1940, foram requisitados pela Marinha de Guerra para serem transformados em navios-transporte de tropas. Naufragaram no ano seguinte, depois de torpedeados pelo submarino inglês Upholder.






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